terça-feira, 7 de junho de 2016

Transformando um tom de bateria em um lustre pendente

Olá, caros e fiéis leitores disso aqui! Eu poderia ter um canal no YouTube, mas acho que sou “velha guarda” demais para este tipo de coisa, então vou continuar escrevendo artigos neste blog. Porque sim!

Neste texto eu vou comentar a minha experiência em transformar um tom de bateria em um incrível e belo lustre pendente.

A motivação para este projeto é que eu recentemente iniciei o aprendizado neste instrumento e adquiri uma bateria para que pudesse realizar os treinos e tirar algumas músicas no aconchego do meu lar. Esta bateria é eletrônica, portanto não faz barulho acústico externo. Apenas os dotados de fones de ouvido conectados ao instrumento conseguem apreciar e regozijar de todo o lirismo e beleza os quais minha performance carrega.

Sendo assim, após ter efetuado a instalação do instrumento no local escolhido da casa, eu percebi que poderia deixar o ambiente com uma decoração mais condizente com a proposta e com o seu uso. Acompanhando alguns artigos (como este aqui), eu vi que algumas pessoas já tiveram esta brilhante ideia e tinham alcançado resultados fenomenais. Sendo assim, porque não?

Portanto, após este maravilhoso prólogo, vamos ao que importa que é a construção do lustre pendente, mas não sem antes um recado que a sua mãe deveria ter te dado faz muito tempo junto com a educação que você não tem:


REALIZE ESTA TAREFA SOB SUA INTEIRA E TOTAL RESPONSABILIDADE. ESTEJA CIENTE DOS RISCOS OS QUAIS A SUA REALIZAÇÃO PODE TRAZER QUE PODEM CHEGAR, INCLUSIVE, A CHOQUES ELÉTRICOS, INCÊNDIOS, AVARIAS EM SUA REDE ELÉTRICA, EVENTUAIS FERIMENTOS, ENTRE OUTROS. SE CRIANçA, PEçA AJUDA A UM ADULTO E SE ADULTO, TENHA VERGONHA NESTA CARA E COMPORTE-SE COMO TAL. VOCÊ FOI AVISADO!

Lista de Materiais

Para a execução deste projeto eu utilizei:

  • Tom para bateria usado (R$ 100,00):
    • Eu peguei um até pequeno, de 8". Acredito que este tamanho seja ideal tanto para o espaço que eu tenho quanto em função do peso. Se você possuir um espaço maior e quiser usar um tom maior é possível. Mas lembre-se de que ele pesará mais e maior estruturação será necessária;
    • Eu também comprei usado por dois motivos: Para não encarecer o projeto e para não desperdiçar um instrumento que alguém poderia estar tocando no teto da minha casa (vejam que altruísta sou eu);
    • Eu comprei de uma marca mais simples também pelos mesmos motivos acima;
    • Comprar uma peça dessa natureza usada irá exigir paciência e muita, muita busca da sua parte. Não é todo o dia que aparece uma peça com o mínimo estado de conservaçao que não custe um absurdo.
  • Canopla para lustres (R$ 9,00) - Comprei na cor preta, para combinar com o tom;
  • Um metro de fio transparente (R$ 1,00);
  • Soquete para lâmpada com rosca externa e as fixações que se rosqueiam nele (R$ 2,00);
  • Lâmpada LED 10W (R$ 16,00) - Estou usando LED pois, além de serem mais econômicas, esquentam menos. Mesmo as lâmpadas frias esquentam e eu não queria arriscar ver meu pendente pegar fogo do nada;
    • 10W se mostraram ineficientes para as minhas necessidades de iluminação. Posteriormente substituirei a lâmpada por uma de potência 20W.




Construção do lustre pendente

O primeiro passo após receber o intrumento, foi desmontá-lo por completo e realizar uma limpeza geral. A pessoa que me vendeu o instrumento foi muito solícita e efetuou uma boa limpeza externa. Mas para talvez não afetar a qualidade do som, não efetuou nenhuma limpeza nas peles, ferragens ou partes internas. Sendo assim, como não me interessa muito o som do instrumento, desmontei as partes e as limpei com lenços umedecidos.

Aproveitei também para escolher entre parafusos, aros e peles os melhores para ficar na parte de baixo do instrumento, pois esta seria a parte mais visível para quem estivesse no ambiente.

Claro que não consegui pegar parafusos ou aro sem o menor ponto de ferrugem. Até mesmo as canoas estão meio desgastadas. Entretanto, a ideia é justamente que pareça algo que tenha sido usado, e também não comprar um tom novo, lindo e de sonoridade maravilhosa para simplesmente ser instalado no teto e adornar o meu ambiente.

Após a limpeza ter sido concluída e as peças melhores terem sido separadas, eu montei todo o tom novamente para iniciar o processo de montagem, com exceção da pele de baixo.

Tirei algumas medidas para tentar achar o centro da pele. Entretanto isso se mostrou uma tarefa um tanto quanto complexa e mesmo os meus maiores dotes em geometria não ajudaram pois o aro e o tom mostraram-se serem ovais e não redondos (lembram que eu disse ter comprado uma marca mais simples? Pois é!). Varia em milímetros, mas varia.


Como o tom possui a estrutura para encaixe do Tom Holder que já faria o conjunto pesar mais de um lado e iria desbalancear a coisa toda de qualquer forma, me forçando invariavelmente a ajustar futuramente com contrapesos, não me prendi a isso e tirei medidas aproximadas (muito boas, até) de modo a achar o centro do tom (E não, não fiquei calculando como achar o centro da elipse porque não iria valer a pena de qualquer modo, não é?).

Marquei as medidas necessárias e também a posição aproximada do soquete com caneta para CD na pele superior. Marquei a borda externa por puro vacilo da minha parte, esta medida foi totalmente inútil e teve que ser apagada posteriormente.



Com o disco central desenhado usando as peças como moldes, efetuei o corte da parte central da pele. Tinha um certo receio de que, por conta de ser algo que fica esticado, a pele retrocedesse ou até mesmo rasgasse, mas dei continuidade para ver como ficaria.






Após, coloquei uma das fixações na rosca do soquete e rosqueei o soquete no espaço que cortara (sim, ficou perfeito assim o corte). Posteriormente, coloquei a fixação por dentro, para que ficasse qual uma flange de caixa d’água, segurando a coisa toda nos dois sentidos.





Neste ponto vocês devem ter percebido que a fiação no soquete já está instalada. Não vou dar mais detalhes de como eu fiz isso porque está fora do escopo. Se virem!

Depois de o soquete ter sido instalado, efetuei alguns testes para aferir se a pele mesmo cortada teria resistência o suficiente para sustentar a estrutura toda assim como seu peso. Surpreendentemente Tal como planejado desde o princípio, a pele conseguiu sustentar o tom mesmo pendurado pelo fio. Isso foi ótimo, caso contrário eu teria que comprar algo mais rígido para sustentar toda a estrutura que com certeza elevaria o custo do projeto.

Ficou um pouco inclinado (como já esperado), mas isso eu posso balancear com contrapesos de chumbo (para roda de carro ou para pesca, aquele que conseguir acesso primeiro).




Como últimos passos da construção, portanto, eu rosqueei a lâmpada no soquete e instalei a pele de baixo. Coloquei os fios para teste em uma tomada e a coisa funcionou perfeitamente bem.






Deixei o tom ligado por bem umas 5 horas dentro do box do banheiro sem nenhum produto químico por perto para que verificasse se não iria esquentar muito e causar qualquer problema. Lembrem-se de que, tirando o furo de ventilação que todo o tom costuma ter e tirando o furo do Tom Holder, está tudo muito bem fechado para a exaustão do ar.

Este teste foi concluído com extremo sucesso! Mesmo sendo LED, a lâmpada esquenta um pouco, muito pouco, mas nem de longe suficiente para afetar a madeira do tom, as peles ou a estrutura do conjunto.

O próximo e último passo foi substituir o atual lustre do ambiente em que instalei a bateria pelo pendente. Também não vou deixar detalhes de como fiz isso porque não tem muito o que ser abordado aqui. A instalação é a mesma de qualquer outro pendente convencional, vão procurar isso lá no YouTube, que é coisa de gente jovem! 


Eu espero que vocês tenham gostado o tanto quanto eu deste projeto. Acredito que ficou bem legal a decoração do ambiente com este detalhe. Se vocês não gostaram, isso vira um problema o qual eu vou guardar em uma caixinha toda especial para um grupo muito seleto e estimado dos problemas: Aqueles que não são meus!

Agora vão fazer algo mais útil da vida de vocês que ficar na internet. O país precisa de vocês!



Referências:



Beijos nas crianças,

Thiago Lima